sexta-feira, 25 de dezembro de 2009
segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

a sutil diferença,
entre dar a mão e acorrentar uma alma.
E aprende
que amar não significa apoiar-se
e que companhia nem sempre significa segurança.
E começa a aprender
que beijos não são contratos, e
presentes não são promessas.
com a cabeça erguida e olhos adiante,
com a graça da Mulher, não com a tristeza da Criança.
a construir todas as suas estradas no hoje,
porque o chão do amanhã é
incerto demais para planos
e futuros costumam cair
a meio vôo.
Chega um dia em que se aprende
que até mesmo o sol,
quando demais, queima.
e embeleza sua alma,
em vez de esperar que alguém traga flores.
E você aprende que realmente consegue suportar,
que realmente é forte,
realmente tem valor
e aprende
e aprende
com cada adeus, você aprende...
Veronica A. Shoffstall
quinta-feira, 15 de outubro de 2009
Hehe.....

domingo, 4 de outubro de 2009
Mercedes Sosa (1935-2009)
domingo, 27 de setembro de 2009
sexta-feira, 25 de setembro de 2009

segunda-feira, 21 de setembro de 2009
Relações Positivas nas Dez Direções
Kurt Kuenne - Validation
domingo, 6 de setembro de 2009
Velhas máquinas & possibilidade de Violetas
sexta-feira, 4 de setembro de 2009
Não é uma pena ?
Lembrei essa do George Harrison, daquele primeiro álbum dele sozinho , ALL THINGS MUST PASS... e descobri essa versão do Cowboy Junkies.
Isn't it a Pity?
Isn't it a pity? Now, isn't it a shame? How we break each other's hearts and cause each other pain? How we take each other's love, without thinking anymore? Forgetting to give back...Isn't it a pity?
Some things take so long, but how do I explain? When not too many people can see we're all the same... And because of all their tears, their eyes can't hope to see the beauty that surrounds them...Isn't it a pity?
Isn't it a pity? Isn't is a shame? How we break each other's hearts and cause each other pain? How we take each other's love, without thinking anymore? Forgetting to give back...Isn't it a pity?
Forgetting to give back... Now, isn't it a pity?
segunda-feira, 27 de julho de 2009
ManaMana.....Muppet Show
a Carolina (minha sobrinha de 5 anos) e eu adoramos... vocês lembram do Muppet Show?
terça-feira, 30 de junho de 2009
Haverá Paraíso?
Arnaldo Antunes
Haverá paradeiro para o nosso desejo
Dentro ou fora de um vício?
Uns preferem dinheiro,
Outros querem um passeio perto do precipício.
Haverá paraíso
Sem perder o juízo e sem morrer?
Haverá pára-raio
Para o nosso desmaio
Num momento preciso?
Uns vão de pára-quedas
Outros juntam moedas antes do prejuízo.
Num momento propício,
Haverá paradeiro para isso?
Haverá paradeiro
Para o nosso desejo
Dentro ou fora de nós?
segunda-feira, 29 de junho de 2009
La Negra
Mercedes Sosa "Como la Cigarra"
Composición: María Elena Walsh.
Tantas veces me mataron,
tantas veces me morí,
sin embargo estoy aquí
resucitando.
Gracias doy a la desgracia
y a la mano con puñal,
porque me mató tan mal,
y seguí cantando.
Cantando al sol,
como la cigarra,
después de un año
bajo la tierra,
igual que sobreviviente
que vuelve de la guerra.
Tantas veces me borraron,
tantas desaparecí,
a mi propio entierro fui,
solo y llorando.
Hice un nudo del pañuelo,
pero me olvidé después
que no era la única vez
y seguí cantando.
Cantando al sol,
como la cigarra,
después de un año
bajo la tierra,
igual que sobreviviente
que vuelve de la guerra.
Tantas veces te mataron,
tantas resucitarás
cuántas noches pasarás
desesperando.
Y a la hora del naufragio
y a la de la oscuridad
alguien te rescatará,
para ir cantando.
Cantando al sol,
como la cigarra,
después de un año
bajo la tierra,
igual que sobreviviente
que vuelve de la guerra.
domingo, 28 de junho de 2009
quinta-feira, 25 de junho de 2009
Manuelzinho-da-Crôa, passarim do Rosa
Sempre quis saber que jeito tinha o manuelzinho-da crôa, passarinho do Grande Sertão. Em tempos de Google, foi fácil achar a imagem. Reproduzo abaixo a pasagem em que Riobaldo, jagunço, pronto para a caça, passa a olhar com outros olhos os passarinhos... graças a Reinaldo/Diadorim.
“O rio, objeto assim a gente observou, com uma crôa de areia amarela, e uma praia larga: manhã-zando, ali estava re-cheio em instância de pássaros. O Reinaldo mesmo chamou minha atenção. O comum: essas garças, enfileirantes, de toda brancura; o jaburu; o pato-verde, o pato-preto, topetudo; marrequinhos dançantes; martim-pescador; mergulhão; e até uns urubus, com aquele triste preto que mancha.
Mas, melhor de todos – conforme o Reinaldo disse – o que é o passarim mais bonito e engraçadinho de rio-abaixo e rio-acima: o que se chama o manuelzinho-da-crôa. Até aquela ocasião, eu nunca tinha ouvido dizer de se parar apreciando, por prazer de enfeite, a vida mera deles pássaros, em seu começar e descomeçar dos vôos e pousação. Aquilo era pra se pegar a espingarda e caçar. Mas o Reinaldo gostava: - “É formoso próprio...” – ele ensinou.
Do outro lado, tinha vargem e lagoas. P’ra e p’ra, os bandos de patos se cruzavam. – “Vigia como são esses...” Eu olhava e me sossegava mais. O sol dava dentro do rio, as ilhas estando claras – “É aquele lá: lindo!” Era o manoelzinho-da-crôa, sempre em casal, indo por cima da areia lisa; eles altas perninhas vermelhas, esteiadas muito atrás traseiras, desempinadinhos, peitudos, escrupuosos catando suas coisinhas para comer alimentação. Machozinho e fêmea – às vezes davam beijos de biquinquim – a galinholagem deles. – “É preciso olhar para esses com um todo carinho...” Reinaldo disse. Era.... De todos, o pássaro mais bonito gentil que existe é mesmo o manuelzinho-da-crôa.”
João Guimarães Rosa. "Grande Sertão:Veredas".
domingo, 7 de junho de 2009
Cabelos, Lou Salomé
sábado, 6 de junho de 2009
quinta-feira, 4 de junho de 2009
"Os Reis Vagabundos", 1982
sexta-feira, 29 de maio de 2009
Para Pedro Wayne, em memória

ESTIRPE
Cecília Meirelles
Os mendigos maiores não dizem mais, nem fazem nada.
Sabem que é inútil e exaustivo. Deixam-se estar. Deixam-se estar.
Deixam-se estar ao sol e à chuva com o mesmo ar de completa coragem,
longe do corpo que fica em qualquer lugar.
Entretêm-se a entender a vida pelo pensamento.
Se alguém falar, sua voz foge como um pássaro que cai.
E é de tal modo imprevista, desnecessária e surpreendente
que, para a ouvirem bem, talvez gemessem algum ai.
Oh! não gemiam, não... Os mendigos maiores são todos estóicos.
Puseram sua miséria junto aos jardins do mundo feliz
mas não querem que, do outro lado, tenham notícia da estranha sorte
que anda por eles como um rio num país.
Os mendigos maiores vivem fora da vida: fizeram-se excluídos.
Abriram sonos e silêncios e espaços nus, em redor de si.
Têm seu reino vazio, de altas estrelas que não cobiçam.
Seu olhar não olha mais, e sua boca não chama nem ri.
E seu corpo não sofre nem goza. E sua mão não toma nem pede.
E seu coração é uma coisa que, se existiu, já se esqueceu.
Ah! os mendigos maiores são um povo que se vai convertendo em pedra.
Esse povo é que é o meu.